Esse é um padrão recorrente e que afeta diretamente a vida de todos, mesmo que não saibamos.

Logo muitas patologias, sendo elas físicas ou emocionais, assim como predisposição a ter determinadas doenças, inclusive na vida adulta.

E por que isso acontece, fisiologicamente?

EXPLICAÇÃO DE ACORDO COM A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

Para esse post não ficar muito extenso, Falarei em uma outra oportunidade sobre o pensamento ocidental a respeito desse assunto, que já posso adiantar que são convergentes.

Como sempre falo nas minhas sessões, os antigos chineses eram um povo muito perpicaz e inteligentes. A mais de mil anos antes de Cristo, já havia registros em textos, que chamamos de Clássicos Chineses.

Processo fisiológico:

– Primeiro ocorre a união do óvulo com o espermatozóide, que na medicina chinesa chamamos de energia ancestral do pai com a energia ancestral da mãe (energia ancestral equivale ao pensamento de carga genética). A união dessas duas energias formam uma célula ovo, conhecida como zigoto.

– E a vida é formada ao redor do zigoto, em uma forma de expansão de onda, circular, chamada de DanChan, ou centro que abriga a energia ancestral, que na vida adulta é na região um pouco abaixo do umbigo.

– Dessa estrutura surge um meridiano chamado Chong Mai, que é o responsável por toda a nutrição dessa estrutura. Ele é responsável por captar toda a alimentação para a formação desse novo indivíduo. Assim que o Chong Mai é formado, já inicia o prrimeiro contato com as emoções da mãe, já que ele recepciona tanto a nutrição quanto as informações do meio externo.

– Com as funções de nutrição estabelecidas, os rins são formados, e através deles surgem a parte da frente do corpo, chamada de Ren Mai; as primeiras vértebras são formadas, dando origem a parte de trás do corpo do feto, ou o Du Mai. Surge também o canal que é responsável pelo centro, pela cintura, chamado de Dai Mai.

– Os próximos órgãos que são formados são coração, fígado e cérebro. A partir daí aquele novo organismo começa a computar e interagir com as emoções da mãe. O Chong Mai recepciona essas emoções, manda para o coração. O coração funciona como uma impressora dessas emoções a cada movimento de contração, e envia essas informações “impressas” para o cérebro. O cérebro decodifica essas emoções. Essa relação entre coração e cérebro é muito íntima com relação às emoções. Tão íntima que para a Medicina Chinesa, o coração é o órgão responsável por abrigar a mente, chamado de “Palácio do Shen” (Shen em tradução livre significa mente, em um modo mais amplo que envolve todas as condições mentais e psíquicas do ser-humano).

As emoções durante a vida uterina estão presas na nossa energia ancestral (carga genética), por isso o corpo tem dificuldades de reconhecê-las como sendo algo que não faz sentido, e que é prejudicial. Os nossos mecanismos de defesa nos protegem de ameaças que não são reais de fato, e não entendemos o porque temos essa limitação, como medos de certas coisas que não trazem risco a nossa vida. Estão presas no nosso inconsciente, são as nossas sombras, coisas que não enxergamos mas sabemos que tem algo errado. Muitas vezes não entendemos o que.

Como na vida adulta, o corpo limpa essas Emoções?

Como disse acima, as emoções durante a nossa vida uterina estão muito arraigadas em nosso subconsciente, precisando necessariamente ser trabalhadas de forma específica através de acompanhamento com profissionais. Já as emoções como um todo são “limpadas” pelo fígado. Vou explicar: Todas as noites, durante a vida adulta de uma pessoa, o fígado atrai todo o sangue do corpo, esse sangue que está todo “impresso” com as emoções. O sangue passa pelo fígado, que faz uma limpeza energética durante o período de sono. Por isso a condição do sono de um indivíduo é tão importante nos tratamentos, especialmente no que diz respeito aos emocionais, como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, escesso de preocupação, entre outros. Se o fígado não tiver energia para atrair esse sangue, ele não conseguirá fazer essa limpeza energética. Fazendo com que no dia seguinte a pessoa fique remoendo as emoções de dias anteriores.

Em mulheres, a cada 28 dias o fígado envia esse sangue com emoções tóxicas para o útero para serem eliminados durante o ciclo menstrual. A eliminação fora a menstruação, no caso de mulheres que optam por pílulas anticoncepcionais que inibem esse processo, ou nos homens, ocorre através do suor. Já que o suor é uma extensão do sangue. Fazendo com que as atividades físicas sejam essenciais, para uma boa saúde emocional.

TRATAMENTO DE EMOÇÕES HERDADAS NA GRAVIDEZ

Como vimos os canais extraordinários, são os primeiros e responsáveis por todo o processo durante a fase intrauterina, sendo eles essenciais para dessensibilizar essas emoções.

Esse tratamento pode ser feito tanto em crianças pequenas, quanto em adultos. Os pontos utilizados são semelhantes.

Logo o foco do tratamento é trabalhar Chong Mai, Ren Mai, Du Mai e Dai Mai.

O foco desse tratamento é fazer uma espécie de limpeza, fazendo com que a estrutura chamada Núcleo Ventro Medial do Córtex Pré-Frontal, finalmente recepcione essas emoções presas no Córtex Cérebral, reconheça essas emoções e dê vazão a elas, como se finalmente o corpo entendesse que alí não há uma ameaça real a vida. Dando um novo entendimento à aquele estímulo.

Porém como essas informações estão alojadas na estrutura de DNA das células poderá reaparecer em algum momento. Mas através do auto-conhecimento o indivíduo entenderá o que está ocorrendo alí.

Falarei em outro post sobre sobre a Neurofisiologia das emoções e o pensamento da medicina ocidental a respeito desse tema. Mas já posso adiantar que os pensamentos são convergentes, cada um dentro de suas filosofias, mas convergentes.

Próximos tópicos que falarei sobre NEUROFISIOLOGIA e sobre A ORIGEM FETAL DAS DOENÇAS DO ADULTO – NEUROFISIOLOGIA.

Escrito por Dr. Lucas Mendonça

Minhas fontes:

– Diversos clássicos da medicina chinesa;

– Origem fetal das doenças do adulto: revisitando a teoria de Barker. Sandra Seco e Alexandra Matias

– Prenatal stress, glucocorticoids and the programming of adult disease. Elizabeth C. Cottrell* and Jonathan R. Seckl